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Vivendo o Essencial

Com toda Convicção

 

Quantas vezes você já teve uma ‘experiência’ com Deus e foi lindo, foi maravilhoso, te deu aquela alegria contagiante? Como é bom saber quem é Deus e ver o seu poder, não é mesmo? Saber como ele age e testemunhar sua grandeza!

Quantas vezes, no entanto, você já viu também pessoas terem lindas experiencias com Deus e depois de um tempo continuarem suas vidas como se nada daquilo tivesse acontecido? Quantas pessoas já lhe falaram “Deus me disse ou Deus me mostrou” sendo que passado um tempo nem mais de Deus essas pessoas falam, se afastando Dele como se tudo aquilo fosse mentira?

Quantas vezes você já presenciou o poder de Deus e quando veio a dificuldade você duvidou, como se nem lembrasse dos milagres que ele já havia feito em sua vida antes? Quantas vezes você já afirmou algo sobre Deus e depois de um tempo deixou ele de lado, indo contra o que você mesmo havia falado?

Quanto poder, quanto sobrenatural, quantas ‘experiências’ as igrejas prometem tentando segurar membros e atrair pessoas, mas do mesmo modo que essas pessoas são atraídas facilmente buscando experiências, buscando sentir algo, assim também saem fácil, pois  o mundo também oferece muitas experiências.

Seja sincero consigo mesmo:

Por que você vem a uma igreja? Por que você assisti uma pregação? Busca por experiências? Por sentir algo? Espera arrepios?

Se é isso que você tem buscado, eu te convido a ir mais a fundo na biografia de um grande personagem bíblico e perceber o quanto nós parecemos com ele.

Vamos a nossa jornada pelo livro de Daniel

No capítulo 2 do livro de Daniel, vemos a aflição de Nabucodonosor ao não ter as respostas que desejava, sendo atormentado por um sonho. Até o momento que Daniel, um mensageiro de Deus, conta-lhe o sonho e seu significado.

Ao estar diante do rei Daniel usa de suas palavras e postura para mostrar a soberania de Deus e também mostrar a Nabucodonosor que, na verdade, ele não era tão poderoso como imaginava, mas o Deus de Israel sim. Apenas Deus era soberano sobre todas as coisas, pessoas e circunstâncias. Diante disso, o rei confessa a Deus como o soberano, afinal ele viu o poder de Deus através de Daniel.

No entanto, o capítulo seguinte do livro, já inicia mostrando novamente um homem cheio de si, com seu ego (“seu eu”) superinflado, querendo novamente mostrar todo seu poder e sua força, esquecendo-se do que havia acontecido, esquecendo a experiência que tivera com o verdadeiro Deus.

“O rei Nabucodonosor, aos homens de todas nações, povos e línguas, que vivem no mundo inteiro: Paz e prosperidade! Tenho a satisfação de falar-lhes a respeito dos sinais e das maravilhas que o Deus Altíssimo realizou para mim. Como são grandes os seus sinais, como são poderosas as suas maravilhas! O seu reino é um reino eterno; o seu domínio dura de geração em geração. Eu, Nabucodonosor, estava satisfeito e próspero em casa, no meu palácio. Tive um sonho que me deixou alarmado. Estando eu deitado em minha cama, os pensamentos e visões que passaram pela minha mente deixaram-me aterrorizado. Por isso decretei que todos os sábios da Babilônia fossem trazidos à minha presença para interpretarem o sonho para mim. Quando os magos, os encantadores, os astrólogos e os adivinhos vieram, contei-lhes o sonho, mas eles não puderam interpretá-lo”.Daniel 4:1-7

 

O texto nos conta que Nabucodonosor mandou construir em seu império uma estátua sua, para que todos se prostassem diante dela o adorando. Basicamente ao fazer isso, Nabucodonosor intitula-se “deus”. Um pouco contraditório, não é mesmo? Será que ele não aprendeu nada com seu sonho? Com o poder de Deus que destrói a estátua e a reduz a pó (Dn 2.34)?

De que valeu a experiência de Nabucodonosor no capítulo 2? Onde está a sua confissão agora que novamente o seu ego está lá em cima e ele não precisa mais de alguém para lhe tirar a aflição?

 

Novamente contrariado

Era obrigatório a todo o povo, ao ouvir o som da música que sinalizava o momento de reverência, ajoelhar-se diante da estátua do rei. No entanto, três jovens judeus se recusam a isso, e alguns homens importantes ao rei ficam sabendo disso.

Ao relatar a Nabucodonosor a petulância dos jovens, os homens geram fúria ao coração do rei, afinal, ninguém poderia cometer tamanha ousadia indo contra a vontade daquele que se intitulava supremo e soberano.

Ao obrigar os servos de Deus a o adorarem ele recebe novamente um ‘não’. Ananias, Azarias e Misael que tem seus nomes mudados aqui para nomes de deuses babilônicos, se negam a adorar o rei e se prostar diante de sua estátua.

Ao serem questionados pelo rei por suas posturas os três jovens mantem-se firmes e convictos em sua fé. Eles não são abalados pelas ameaças que um homem lhes fazia, afinal eles conheciam aquele que verdadeiramente era soberano, a fé deles tinha raízes profundas e não seria abalada, nem mesmo por ameaças de morte.

Uma nova experiência

Mais uma vez Deus se mostra a Nabucodonosor com todo seu poder!

Ao enfrentar os três jovens o rei não apenas os desafia, mas também desafia a Deus. A pergunta dele é: que Deus vai salvar vocês se “EU” lançar vocês na fogueira para serem mortos?

“Sadraque, Mesaque e Abede-Nego responderam ao rei: "Ó Nabucodonosor, não precisamos defender-nos diante de ti. Se formos atirados na fornalha em chamas, o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e ele nos livrará das suas mãos, ó rei. Mas, se ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos seus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer". Daniel 3:16-18

A reposta dos jovens mostra claramente a certeza que eles tinham da sua fé. Afinal, eles seriam mortos por causa dela, por não fazerem um simples gesto de se dobrarem a um rei qualquer. A resposta deles mostra claramente que para eles independente de Deus desejar livra-los da fogueira, Ele continua sendo Deus e eles continuam a servi-lo.

São tão jovens e já ensinam que a fé não tem a ver com as ‘experiências’ que tenho com Deus, mas sim com a certeza de quem Deus é, de quanto ele me ama e se entregou por mim.

Na fogueira, os soldados que se aproximaram para lançar os três foram mortos, apenas pelo calor que ali estava.  Porém, os três são vistos em meio ao fogo andando livremente e ainda acompanhados de um quarto homem.

“Mas, logo depois o rei Nabucodonosor, alarmado, levantou-se e perguntou aos seus conselheiros: "Não foram três homens amarrados que nós atiramos no fogo? " Eles responderam: "Sim, ó rei". E o rei exclamou: "Olhem! Estou vendo quatro homens, desamarrados e ilesos, andando pelo fogo, e o quarto se parece com um filho dos deuses". Daniel 3:24,25

Deus decidiu livrar os seus servos! Deus não permitiu que nem mesmo as roupas ou o cabelo daqueles homens queimassem. E o texto relata, também, que lá naquele fogo os jovens não estavam sozinhos, o próprio Deus se fez presenta na fornalha com eles.

A ver isso, Nabucodonosor chama os jovens para fora e vendo que saíram ilesos, ele mais uma vez confessa a Deus. Novamente ele é confrontado em seu pecado, orgulho e soberba e Deus o coloca em seu lugar.

“Disse então Nabucodonosor: "Louvado seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos! Eles confiaram nele, desafiaram a ordem do rei, preferindo abrir mão de suas vidas a que prestar culto e adorar a outro deus, que não fosse o seu próprio Deus”. Daniel 3:28

Os jovens são fiéis, sem voltar atrás em suas palavras. Com isso, eles têm a oportunidade de testemunhar o poder de Deus, tendo uma grande experiência com ele, presenciando seu poder.  

 

Vamos entender

Que história de arrepiar, de emocionar! Jovens fiéis! Servos de Deus que tinham uma fé inabalável! Que testemunharam o poder de Deus, que viram com seus próprios olhos Deus agindo e os salvando da morte, uma terrível morte.

Lembra que no início do texto eu fiz algumas perguntas e depois disso convidei você a conhecer um pouco mais a história de um personagem bíblico que é muito parecido contigo e comigo?

As perguntas:

“Por que você vem a uma igreja? Por que você assisti uma pregação? Busca por experiências? Por sentir algo? Espera arrepios?”

Bom, na maioria da vezes, olhamos pra esse texto para falarmos o quanto somos parecidos com os três jovens e o quanto precisamos ser. Estudamos os livros bíblicos para aprender com eles o que podemos e o que não podemos fazer. Estudamos os grandes heróis bíblicos para tentar alcançar o padrão deles.

Há um grande problema nisso! Precisamos aprender que, na verdade, nós somos muito mais parecidos com Nabucodonosor do que conseguimos admitir. Na verdade, ao lermos esse capítulo, o que fica escancarado em nós é o quanto nós somos orgulhosos e soberbos como esse rei.

Ele sim escancara nosso pecado, nossa idolatria, nosso ego que sempre de novo quer ser o centro das atenções. Quando meu “eu” está no centro e o ego controla minha vida, não precisa de estátua nenhuma pra mostrar que meu deus sou “eu” mesmo. E como é difícil lidar com aquele que está tão cheio de si que não percebe que a tempos tirou Deus do centro.

Como é difícil assumir esse pecador que sou que teima em querer tudo no seu tempo do seu jeito segundo seu agrado, e facilmente esquece de tudo que Deus lhe permitiu ver e presenciar, todos os milagres, todas as experiências, todo o sobrenatural.

Entenda:

- Ao ler a Bíblia percebemos que na verdade somos o pior dos pecadores. Ao verdadeiramente estudar a Palavra de coração aberto somos confrontados em nosso pecado e acolhidos pelo perdão de Deus

- Ao ir a igreja, não vá para ter experiências, não busque um Deus de bençãos e vitórias terrenas, vá para ser fortalecido na fé, uma fé que é por certeza e convicção e não por arrepios, experiências ou emoções.  

- Lembre-se que Nabucodonosor teve várias demonstrações do poder de Deus, ele teve ‘experiências1 com Deus, mas logo ele esqueceu delas, pois seu ego era maior do que seus sentimentos e emoções.

- Perceba que os três jovens não tiveram sua fé abalada, pois ela não dependia dos milagres ou ‘experiências’ com Deus, a fé deles era a certeza do amor do Deus Todo-Poderoso e soberano, essa fé não é destruída nem pelo fogo, nem pela doença e muito menos pela morte!

“Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos”.

 Hebreus 11:1

Perguntas para Edificação: 

  1. Como você se vê dentro dessa história? O que ela tem a ver contigo?
  2. A sua fé se abala quando não sente a presença de Deus? Como é isso pra você? 
  3. Você está preparado para buscar uma fé firme e sincera? (ore por isso num momento de confissão de pecados e entrega)