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Uns aos outros 

Consolar 

 

Desde o último domingo de setembro nós temos refletido sobre nossos relacionamentos e como a Palavra de Deus nos ensina a conduzir e vivenciar relacionamentos saudáveis e duradouros, relacionamentos que de fato são para a vida.

Refletimos sobre como a competição, a comparação, a inveja, a presunção, o orgulho e a mentira destroem esses relacionamentos, tirando a paz dos lares, gerando divórcios, divisões e daí por diante.

Vimos, também, que somos livres em Cristo para termos bons relacionamentos e escolher lutar por eles e além disso, no exemplo de Jesus com o Pai, percebemos que a nossa unidade com Cristo gera unidade em nosso lar. E que o desejo de Jesus é que possamos de fato ser unidos com Ele, pois assim teremos paz em nossas vidas.

Como cristãos, como verdadeiros discípulos de Jesus, vivemos de tal maneira esse Evangelho que o nosso lar, a nossa convivência em casa reflete quem de fato somos. Se estamos verdadeiramente unidos com Cristo, nosso lar vai refletir esse amor e essa união, isso é natural, é simples resultado de estarmos alinhados e próximos do Pai. 

Por outro lado, se não estamos unidos com ele vivendo apenas de aparências, se somos bons cristãos apenas quando convém, o primeiro local que perceberá isso é o nosso lar. O lugar que mais sofrerá com nossa falsa fé, será a nossa casa.

A questão é que ao compreendermos e vivermos a expressão “uns aos outros” que aparece diversas vezes no Novo Testamento, nós passamos a viver na contramão do mundo. O mundo não valoriza o viver uns aos outros, não vale mais a pena lutar pelos relacionamentos, não se vive pelo outro.

O que é moda hoje é abandonar. Os relacionamentos são descartáveis, assim como o celular, a roupa e o carro, se o relacionamento não agrada mais, ele simplesmente deixado de lado, trocado. Onde entra o amor nessa história? O amor que luta pelo relacionamento, que transforma comportamentos, o amor que se doa ao próximo? E principalmente: O amor que luta pela transformação e salvação do próximo?

 

Onde se encaixa o “uns aos outros”?

Aquele que realmente conhece a Palavra, estuda as Escrituras e busca viver em verdadeira obediência a Cristo, percebe que é muito mais fácil deixar de lado o viver cristão, dar um jeitinho de seguir os princípios do mundo, do que ser obediente a Cristo. Isso se encaixa em todos os âmbitos da nossa vida, casa, trabalho, amigos, igreja. É mais fácil seguir o que todos estão fazendo, do que se perguntar pela vontade de Deus e agir com obediência.

Vamos afunilar ainda mais a temática do “uns aos outros” para dentro de nossas casas, dentro do nosso lar, das pessoas que nos relacionamos constantemente e que Deus nos deu por perto.

 

Questionamentos:

Qual foi a última vez que você orou por cada pessoa da sua casa?

Qual foi a última vez que você orou pela conversão da sua família como um todo?

Se todos da sua casa são cristãos convictos e vivem em proximidade com Cristo, qual foi a última vez que você orou pelos parentes mais próximos que não conhecem a Cristo?

Você Evangeliza com amor as pessoas da sua casa?

Você vive um exemplo cristão de amor dentro do seu lar, que mostra as pessoas de dentro da sua casa a alegria e a paz de pertencer a Jesus? Ou deles você já desistiu porque acha que nunca vão mudar?

É interessante perceber como nós nos acomodamos e desistimos das pessoas que mais são próximas a nós, deixando de orar e evangelizar as pessoas que Deus colocou ao nosso lado!

Vamos as Escrituras:

“Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que estivermos vivos, seremos arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre. Consolem-se uns aos outros com essas palavras”. 1 Tessalonicenses 4:16-18 NVI

“Consolem-se uns aos outros com essas palavras”

Quais palavras?

 As de vida eterna e salvação!

No capítulo 4 de Tessalonicenses Paulo vai finalizando sua carta dando mais alguns conselhos a igreja de Tessalônica. No fim do capítulo ele escreve sobre a ressureição, dizendo que os cristãos não precisam se entristecer com aqueles que dormem, ou seja, com aqueles que faleceram.

Não é preciso entristecer-se, pois eles apenas dormem. Quando ressoar a última trombeta e Cristo vier, esses que dormiram em Cristo, ou seja, morreram crendo nele, serão os primeiros a se encontrar com Jesus, um lindo encontro nos ares, o encontro com o salvador.

Essas palavras são esperança e consolo a uma igreja que passava por tempos difíceis. E Paulo termina dizendo: “Consolem-se uns aos outros com essas palavras”, ou seja, não deixem de falar isso uns aos outros, de ter essa esperança e essa certeza, pois é a certeza da salvação em Cristo Jesus que mantém a igreja firme e com o foco em Cristo.

 

Voltando ao tema

Paulo exorta a igreja a consolar uns aos outros com essas palavras. Mas pensem agora nas pessoas que vocês amam, aquelas pessoas que vocês têm saudades quando estão longe, pessoas que você não deseja se afastar, pai, mãe, marido, esposa, filhos, irmãos, cunhados e cunhadas, tios, avós, primos, melhores amigos...

Pense nessas pessoas, qual foi a última vez que você levou para essas pessoas palavras de salvação e de esperança assim como Paulo fez?

Por que as pessoas próximas a nós são as primeiras que nós desistimos de levar o Evangelho? As pessoas da nossa casa, nosso cônjuge, nossos pais, nossos filhos. Nós vivemos nossa fé, e desistimos de orar, de testemunhar e de agir de tal forma que nossa família seja impactada pelo Evangelho.
Nós até falamos do Evangelho para pessoas do trabalho, ou para estranhos, mas para as pessoas que são próximas a nós, as pessoas que Deus colocou do nosso lado, dentro da nossa casa, dentro da nossa família nós desistimos.

Eu cresci orando por pessoas da minha família. Desde a infância eu refletia nesse assunto, refletia no fato de que pessoas que eu amava, e amo, não conhecerem a Jesus, não terem um relacionamento com ele. Essas pessoas sempre estiveram em minha oração. Eu pedia a Jesus que ele as encontrasse.

Sempre que possível, que eu tinha uma forma de falar eu falava, um jeitinho de convidar eu convidava. Minha linha de raciocínio era: “se aqui na terra eu amo essas pessoas e estou sempre encontrando elas, lá no céu eu também quero que seja assim”.

Não perca a esperança

Consolem-se uns aos outros com as palavras de vida eterna e salvação. Consolem-se uns aos outros sabendo que juntos na eternidade vocês estarão. Consolem-se uns aos outros, pois o amor que vocês tem não permite que vocês desistam dessas pessoas.

Paulo aqui especificamente nesse texto falou do consolo entre os cristãos. Mas essas palavras de vida eterna, de reencontro com Jesus, devem ser para nós Igreja impulso para falar dessa esperança as pessoas do nosso lar que não tem essa esperança. As pessoas da nossa família que não creem em Jesus.

A salvação é individual, isso nós sabemos, ninguém pode salvar outra pessoa. No entanto, se Deus colocou pessoas ao seu redor, é para que através de você elas conheçam a Jesus. Se Deus te deu pessoas da sua família que ainda não tem um relacionamento íntimo com Jesus, essas são as primeiras pessoas que Jesus está te dando para evangelizar.

Peça sabedoria a Ele, peça ousadia e coragem ao Espírito Santo, peça amor ao Pai! E fale!

Quando eu realmente amo alguém, eu não consigo ver ela sem Jesus e ficar bem com isso. O amor, o verdadeiro amor (não esse que o mundo vive que é um amor superficial e descartável) o verdadeiro amor me leva a não desistir, a persistir, a orar e jejuar, a convidar, a testemunhar o tempo que for!

E Hoje nós queremos fazer isso, ore pelas pessoas que Deus está te dando!

 

Perguntas para edificação: 

1 Como é falar do Evnagelho dentro de sua casa? 

2 O quanto você ora pelas passoas que você ama e não conhecem a Cristo? 

3 O que Deus tem te chamado a fazer nesse momento em relação a isso?