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Julgue Menos, perdoe mais!

Leitura do Texto: Mateus 7. 1-5

"Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês. "Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: ‘Deixe-me tirar o cisco do seu olho’, quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão”.

Qual sua interpretação desse texto? Se fosse pra resumir o texto em uma frase, o que você diria?

Talvez: Não julgue, para não ser julgado!?

Vamos refletir sobre essa questão de julgamento. O que Jesus nos ensina sobre o julgar e o que nós estamos vivendo em relação a julgar e perdoar. E para começar trago dois lados, dois posicionamentos que vejo no cotidiano:  

1 Pessoas que julgam sem ajudar e sem perdoar. Essas trazem apenas julgamentos para si mesmas pois seu julgamento é sem amor.

2 Pessoas que não aceitam ser julgadas por saberem que estão erradas e querem permanecer no erro, com isso, usam a frase “não julgueis” como desculpa para não aceitar um belo puxão de orelha e mudar de vida

 

Um processo a ser seguido

Mas essa frase “Não julgueis para não ser julgado” não explica o todo do que Jesus está ensinando aqui. Ele está ensinando um processo, são questões importantes que precisamos compreender na caminhada de fé para sabermos como agir. Para sabermos como Deus deseja que nos relacionemos com o próximo e com os erros do próximo, mas também com os nossos erros.

A afirmação de Jesus: “Não Julguem”, não significa ser cego para as injustiças praticadas, não significa deixar o mal acontecer sem interferir. É tarefa de cada cristão “examinar, vigiar e precaver-se” de tudo que não é correto diante de Deus. João Batista fez isso, Jesus fez isso em seu ministério, denunciando o pecado e ensinando a vontade de Deus.

Julgar com amor – amor que ergue e constrói

O que não nos é permitido fazer é julgar sem amor. E por mais que muitos digam: estou falando isso em amor; precisamos analisar que amor é esse! Que amor é esse que via de regra julga o próximo pelas costas dele, que fala e aponta o cisco do olho do outro sem ajuda-lo a remover esse cisco, que amor é esse que afasta a pessoa acusada, destrói e machuca, sem lhe dar a chance e a ajuda necessária para mudança?

O pecado dele é maior

Mas Jesus vai adiante sobre o conceito de julgar sem amor, ensinando que ao olharmos o pecado do outro como maior e mais condenável do que o nosso pecado, denunciarmos o pecado do outro mas não permitimos que o nosso pecado seja denunciado, estamos agindo sem amor e julgando naquilo que nós também podemos ser julgados.

Quando assim julgamos, quando sentenciamos o outro sem amor, estamos na verdade massageando o nosso ego, dizendo a nós mesmos e aos outros que ele, ou ela, é uma pessoa pior, ou seja, ou sou melhor e por isso eu posso falar do erro dele. Acusar o outro sem amor não ajuda em nada, nem mesmo é bíblico.

O julgamento com amor é aquele que leva o outro a algum lugar, é aquele que estende a mão, que traz para reconciliação com Deus. Não é julgamento que destrói, mas que constrói.

O que Jesus nos ensina então:

- Naquilo que julgarmos o outro nós também seremos julgados;

- Para ajudarmos nosso irmão precisamos estar bem, afinal assassino não ajuda outro assassino. O primeiro passo é olhar para si, para os próprios pecados;

- E então olhar para o outro e julgar com amor, falar do erro, mas lhe oferecer saída e ajuda.

Tiago 4:11-12

“Irmãos, não falem mal uns dos outros. Quem fala contra o seu irmão ou julga o seu irmão fala contra a Lei e a julga. Quando você julga a Lei, não a está cumprindo, mas está agindo como juiz. Há apenas um Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e destruir. Mas quem é você para julgar o seu próximo?”.

 O julgamento com amor nunca acontece pelas costas de alguém, ele não vem de fofoca, ele não destrói corações. O julgamento com amor é uma proposta de cura e restauração na vida do pecador.

Por isso irmãos: Não falem mal uns dos outros!

João 8:15-16

“Vocês julgam por padrões humanos; eu não julgo ninguém. Mesmo que eu julgue, as minhas decisões são verdadeiras, porque não estou sozinho. Eu estou com o Pai, que me enviou”.

O juiz verdadeiro não ficou sentado em uma poltrona de juiz para julgar cada mal que fizemos, ele fez outro movimento, saindo do trono ele foi para a cruz, ele foi ao tribunal por nós, foi condenado por nós e nós fomos absolvidos.

O grande e maravilhoso perdão que recebemos veio do juiz que tinha todos os motivos para nos julgar e sentenciar a condenação eterna. Mas ele não fez, pois o julgamento dele vem acompanhado de amor, esse amor que olha para o condenado e estende a mão, esse amor que morreu na cruz.

O perdão começa a ser real quando nós deixamos de acusar e passamos a amar e cuidar, passamos a nos colocar no lugar do outro. Deixe a sentença para Deus, ore pela pessoa ao invés de falar dela por aí ou proferir palavras que machuquem.

Julgue menos, perdoe mais! Leve pessoas para perto da cruz, não simplesmente as acuse de estar longe dela.

"Não julguem, e vocês não serão julgados. Não condenem, e não serão condenados. Perdoemteu , e serão perdoados”. Lucas 6:37

Sugestão de vídeo que complementa: https://www.youtube.com/watch?v=C9enIClLY0c 

Perguntas para Edificação: 

  1. Qual seu conceito de julgar hoje?
  2. Como você reage quando alguém te julga em algo errado que estás fazendo? 
  3. Como está sendo o processo de perdão na sua vida? Você tem julgado menos e perdoado mais?