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Essencial: o que, o culto?

Culto online ou presencial?....  O que você prefere?....  Online é melhor ou presencial é melhor?.... Pela manhã é melhor! Eu prefiro a noite!....

Uns preferem louvores agitados, novos, modernos...

Outros gostam do clássico, o tradicional, o mais reflexivo....

Afinal, ambos tem suas vantagens!

Pense um pouco: se é online ou presencial, da manhã ou à noite, se dura 1 ou 3 horas, será que essas são as questões realmente importante ao falarmos de culto? Será que estamos nos preocupando e opinando no que realmente importa? No essencial?  

Essas falas, esse tipo de discussão sempre de novo e de novo, só mostram que não estamos nos preocupando com o que realmente importa! Demonstram que, na verdade, estamos preocupados com o “eu”:

  • Eu quero isso, não aquilo...
  • Eu gosto do culto assim...
  • Eu não gosto dessas músicas do louvor...
  • Eu não gosto quando a pastora prega sobre isso ou aquilo...
  • Eu gosto do culto a noite, porque não gosto de acordar cedo....
  • .. Eu... Eu...

Perceba que em todas essas falas nós apenas demonstramos que não entendemos o que verdadeiramente é CULTO e sua importância, e ainda, deixamos Deus de lado para colocar a nossa vontade no centro!

Olhe para suas atitudes e pensamentos e perceba como tem se portado diante dessas questões. Responda a si mesmo: tenho buscado viver a vontade de Deus ou apenas a minha? Quem está no comando, no centro, da minha vida e dos meus pensamentos? Será Deus?

Correndo riscos

“Somos uma geração centralizada no homem, mas a igreja não pode tornar-se antropocêntrica. A distração e o entretenimento da nossa era tecnológica não podem tornar-se o centro. Nosso desejo por santidade deve ser maior que o nosso desejo por felicidade. O culto pode e deve, sim, ser agradável às pessoas, mas com base na instrução bíblica apresentada e não no grau de satisfação pessoal alcançado. Que possamos dizer: “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome da glória” (Sl 115.1)” (CUNHA, S. A. Ultimato[1]).

Facilmente a igreja tem se desviado do essencial, tirando Deus do centro e colocando ali o ser humano. O ser humano como central no culto, afim de agradá-lo de satisfaze-lo.  

Para fugir dessa tentação e conseguir perceber o erro, precisamos ter claro o que é certo, a clareza de por onde caminhar. Por isso te convido a olhar textos bíblicos centrais para compreender o culto essencial, o culto que somos chamados a celebrar.  

Salmos 100:1-5

“Aclamem o Senhor todos os habitantes da terra! Prestem culto ao Senhor com alegria; entrem na sua presença com cânticos alegres. Reconheçam que ele é o nosso Deus. Ele nos fez e somos dele: somos o seu povo, e rebanho do seu pastoreio. Entrem por suas portas com ações de graças, e em seus átrios, com louvor; dêem-lhe graças e bendigam o seu nome. Pois o Senhor é bom e o seu amor leal é eterno; a sua fidelidade permanece por todas as gerações”.

Prestar culto a Deus com toda alegria, reverência e gratidão é uma ordem do próprio Deus!

O culto não é algo que surge apenas no Novo Testamento ele está presente desde o início da história humana. Essa necessidade de adorar um ser supremo se revela já em Gênesis, quando Caim e Abel levam ofertas a Deus. Porém no Antigo Testamento o culto tem algumas marcas bem específicas:

  • O culto é uma adoração a um Deus Santo e Exigente que coloca Leis e ordem para serem seguidas na realização e preparação do culto;
  • O culto envolve sacrifícios e holocaustos de animais como anúncio de perdão e demonstração de arrependimento por parte do povo;
  • A adoração é regrada pelas Leis do próprio Deus (Levítico e Deuteronômio) tendo um sacerdote homem escolhido e separado pelo próprio Deus para conduzir o povo nessa adoração e celebrar o culto.

Percebemos, no entanto, no decorrer da história de Deus com seu povo que acima dos sacrifícios e rito, Deus busca e se agrada na obediência e no coração sincero:

Salmos 51:15-17

“Ó Senhor, dá palavras aos meus lábios, e a minha boca anunciará o teu louvor. Não te deleitas em sacrifícios nem te agradas em holocaustos, se não eu os traria. Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás”.

1 Samuel 15:22

Samuel, porém, respondeu: "Acaso tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? A obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros.

 

A partir do Novo Testamento isso fica mais claro e o próprio Jesus nos ensina sobre adoração e culto a Deus. O a partir do sacrifício de Jesus trás consigo um novo jeito, novas características:

  • O sacrifício de animais é substituído por um sacrifício definitivo de Cristo, sendo assim o culto é centrado no que Jesus já fez na cruz e não nos sacrifícios humanos ou de animais, sabendo que o sacrifício do Filho de Deus foi o último;
  • O culto continua sendo uma reverência e adoração a um Deus santo e exigente, porém com a marca de um Deus gracioso que se alegra com o arrependimento de seus filhos;
  • O culto comunitário torna-se um chamado para que cada discípulo coloque-se debaixo da mão de Deus como sacrifício vivo, ou seja, a vida de cada um deve ser vivida em obediência diária na presença de Deus;
  • O culto tem como características: o louvor e a exaltação a Deus; confissão de pecados e libertação; a adoração e clamor a Deus através dos cantos e oração; o ensino da vontade de Deus através da pregação; e o fortalecimento e encorajamento na fé através do convívio e comunhão.

O culto é essencial desde nossa criação, afinal fomos criados para cultuar, ou seja, reverenciar e adorar ao nosso Deus que é nosso criador e salvador. No entanto, o culto não se resume a um local ou a um tempo específico, o culto cristão, a partir da ação do Espírito Santo em nós, tornou-se uma vivência diária:

Romanos 12:1,2

“Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

O culto comunitário é essencial para o cristão ser fortalecido, confrontado e moldado pelo próprio Deus. No entanto, o culto não termina no momento que saímos do templo, pois nossa vida deve ser um culto a Deus. O culto continua no dia-a-dia quando adoramos a Deus verdadeiramente, quanto tudo o que fazemos glorifica a Deus e não ao ser humano.

Não se amolde ao padrão do mundo antropocêntrico que tem deixado Deus de lado, um mundo onde o “eu” é o que rege a vida. Mas transformem-se pela renovação da sua mente, transformem-se completamente, para que Deus seja o fator determinante em suas tomadas de decisões diárias e, assim, sua vida será um culto a Deus.  

O culto a Deus escancara em nós a vergonha do pecado, a sujeira, a maldade, mas nesse mesmo culto nos deparamos com a graça de Deus que é libertadora e me devolve as forças me levando a adorar aquele que me perdoa e me leva até sua presença!

João 4:23

“No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura”.

Essa é a vontade de Deus para nossa vida, para a celebração do culto! A adoração em Espírito e em verdade!

Referência: 

[1] Disponível em: https://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/o-culto-no-antigo-testamento/ acesso em 17 de abril de 2021.

Perguntas para a edificação:

1 O quanto o culto é essencial na sua vida pessoal hoje? 

2 A pregação mudou algo na sua comprrensão de culto? 

3 Em que a sua vida não tem sido um culto a Deus?