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Então é Natal

Da paz afinal 

Como nós sabemos que algo vem realmente de Deus ou não? Quais são os critérios que você usa para definir aquilo que vem de Deus e o que não vem? Uma das formas é a confirmação por meio de testemunhas, por meio de outros crentes. Quando há mais pessoas que tiveram a mesma confirmação de Deus a respeito de algo, então, podemos nos aquietar e saber que Deus está falando ao seu povo.  

Para Maria Deus deu essa graça de não apenas ela receber a notícia por meio do anjo, mas também José foi avisado por Deus e Isabel sua prima soube pelo Espírito do Senhor que Maria estava grávida e que o Filho que esperava era o Messias.  

Vamos ler o texto do encontro dessas duas mulheres tão importantes na história do Natal: 

"Naqueles dias, Maria preparou-se e foi depressa para a uma cidade da região montanhosa da Judéia, onde entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o bebê agitou-se em seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Em alta voz exclamou: "Bendita é você entre as mulheres, e bendito é o filho que você dará à luz! Mas por que sou tão agraciada, a ponto de me visitar a mãe do meu Senhor? Logo que a sua saudação chegou aos meus ouvidos, o bebê que está em meu ventre agitou-se de alegria. Feliz é aquela que creu que se cumprirá aquilo que o Senhor lhe disse! " Então disse Maria: "Minha alma engrandece ao Senhor 
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, pois atentou para a humildade da sua serva. De agora em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada, pois o Poderoso fez grandes coisas em meu favor; santo é o seu nome. A sua misericórdia estende-se aos que o temem, de geração em geração. Ele realizou poderosos feitos com seu braço; dispersou os que são soberbos no mais íntimo do coração. Derrubou governantes dos seus tronos, mas exaltou os humildes. 
Encheu de coisas boas os famintos, mas despediu de mãos vazias os ricos. Ajudou a seu servo Israel, lembrando-se da sua misericórdia para com Abraão e seus descendentes para sempre, como dissera aos nossos antepassados". Maria ficou com Isabel cerca de três meses e depois voltou para casa". Lucas 1:39-56 

Logo que tem a notícia de estar grávida Maria vai depressa a casa de sua prima Isabel, em outra cidade. Muito provavelmente como uma forma de defender-se para processar tudo que estava acontecendo, ter um tempo longe de José inclusive, pois se vissem que ela estava grávida as consequências poderiam ser sérias para ela, inclusive de morte.  

Interessante é que Maria vive em um tempo completamente diferente do nosso, não era possível avisar Isabel com antecedência sobre sua ida, ainda mais por acontecer assim as pressas e Isabel também não sabia o que estava acontecendo na vida de sua prima mais nova.  

Isabel conhecia muito claramente o poder de Deus, já que era mais velha e engravidou por providência divina, ela sabia muito bem o poder de Deus e como ele age, mas não tinha como ela saber que esse mesmo poder havia se revelado de forma sobrenatural sobre Maria.  

Quando Maria chega na casa de Isabel, basta uma saudação da jovem para Isabel entender o que Deus estava fazendo. O texto relata: Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o bebê agitou-se em seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 

“Em alta voz exclamou: "Bendita é você entre as mulheres, e bendito é o filho que você dará à luz! Mas por que sou tão agraciada, a ponto de me visitar a mãe do meu Senhor? Logo que a sua saudação chegou aos meus ouvidos, o bebê que está em meu ventre agitou-se de alegria. Feliz é aquela que creu que se cumprirá aquilo que o Senhor lhe disse! " Lucas 1:41-45 

Isabel recebe a confirmação do próprio Deus de que Maria estava grávida, ao simplesmente ouvir a voz de Maria o coração de Isabel enche-se da presença de Deus, e João Batista que está em seu ventre se mexe, ali Isabel tem a certeza não só que Maria estava grávida, mas mais do que isso, ela sabe que o Filho que viria era o Messias prometido.  

Pensa na alegria de Maria ao ouvir as palavras de sua prima, uma mulher mais velha, experiente. Muito provavelmente Maria vai até Isabel na dúvida, talvez até com um pouco de medo, pensando como Isabel iria recebê-la. O que Isabel ia falar quando soubesse da gravidez?  Será que ela iria acreditar em Maria?  

Pense em tudo que estava passando na mente daquela jovem mulher, os medos, as preocupações e as incertezas. Mas como os planos de Deus, diferente dos nossos, são perfeitos, Deus mesmo coloca no coração de Isabel a confirmação de que Maria estava grávida e que por meio dela viria ao mundo o Filho de Deus.  

Essas poucas palavras de Isabel são para Maria um grande alívio, já que ela não precisa mais temer a reação de Isabel e muito além disso, as palavras de Isabel são também para Maria mais uma confirmação do plano de Deus, da ação de Deus nesse mundo e de como Deus a estava usando para que se cumprisse seus planos.  

Aqui nós temos algo muito importante e que devemos ponderar. Como ter certeza de que algo vem de Deus ou não? Como saber se foi Deus quem falou ou se é uma convicção minha? Uma das formas é esperar que Deus nos confirme por meio de irmãos na fé, pessoas maduras na fé e que sabemos que são ferramentas de Deus.  

Isabel se alegra pela benção que é derramada sobre sua prima, se alegra em saber que Deus a usará para algo grandioso, para o cumprimento das promessas feitas ao povo. Olha que interessante essa reação de Isabel, João Batista fora alguém muito importante, Isabel sabia que seu filho seria importante também, mas essa mulher e mãe não hesita em atestar a grandeza do Filho de Maria. 

“Mas por que sou tão agraciada, a ponto de me visitar a mãe do meu Senhor?” Lucas 1:43  

Conhecendo um pouco as mulheres nós sabemos que o sentimento de Isabel podia ter sido de ciúme, de inveja em relação a Maria, afinal uma mãe quer que o seu filho seja o protagonista da história, aqui Isabel nos mostra a humildade que estava em seu coração exaltando o Filho de Maria, se colocando debaixo do seu poder e chamando-o de: “Meu Senhor”.  

Isso também pode ensinar a nós. Quando temos a necessidade de ser protagonistas, ou de que os nossos filhos sejam sempre os protagonistas, o centro das atenções, podemos aprender com o exemplo de Isabel. Ela sabia que seu Filho seria importante nessa história, mas cheia do Espírito ela mesmo se coloca como serva diante do Filho de Maria, sabendo que o protagonista era ele.  

Esse é um princípio tão simples, mas que nós estamos perdendo. Pelo fato de sermos ensinados que precisamos ser protagonistas, o fato de o mundo nos fazer olhar para nós mesmos, nós achamos, também, que se em algum lugar não somos o centro então aquele lugar não serve para nós. Nem mesmo Maria foi protagonista nessa história, ela mesma é extremamente humilde ao aparecer muito pouco na história.  

Nem todos são chamados para estar nos holofotes, e que bom quando somos humildes a ponto de reconhecer isso, e ficarmos felizes por quem está lá, por quem está à frente. Que bom quando podemos ser aquele que serve e que ninguém vê, que não chama atenção, que é, as vezes, até esquecido, mas que cumpre sua missão diante de Deus com fidelidade e amor. José e Maria são personagens assim, Isabel é assim, eles são muito pouco citados na Bíblia, depois eles saem de cena para dar lugar a quem realmente importa. João Batista com toda humildade faz o mesmo, quando Jesus se revela João Batista sai de cena encaminhando seus discípulos ao verdadeiro Senhor.  

Isso deve nos ensinar sobre o servir e a humildade. Precisamos voltar a ter isso como princípio. Não somos menos amados ou menos cuidados por Deus por não estarmos no centro das atenções, apenas fomos chamados para funções diferentes.  

Isso vale também para o corpo de Cristo, nem todos aparecem, mas todos são necessários, nem todos estão nos holofotes, mas todos são chamados a servir com todo amor. E como é feliz o servo que assim serve, com verdadeira alegria e com coração humilde como foi Isabel.  

Após esse momento de ouvir sua prima Isabel, de ter essa confirmação por meio dela, então Maria reage com o coração cheio de gratidão, cheio de jubilo. Agora é Maria quem louva a Deus pelo milagre que ela foi agraciada.  

Nesse trecho temos o cântico de Maria, trecho que também se tornou hino da igreja cristã.  

  • A oração de Maria glorifica a Deus por seus feitos ao longo da história e por ela ser incluída nesses feitos;  
  • Ela sabia que seria lembrada como instrumento de Deus, isso a fortalece, pois ao mesmo tempo sabia que enfrentaria dificuldades (e não foi nada fácil pra ela ser a mãe de Jesus); 
  • Na sua pequenez, sua humildade, Maria percebe a ação de Deus que inclui aqueles que menos imaginamos;  
  • O louvor de Maria é sincero, é profundo, não são palavras prontas, nem vãs repetições, o que ela fala brota do íntimo, do coração e sai por sua boca; 

Nós precisamos aprender com a humildade dessas mulheres e com seu louvor! Primeiro aprender que não precisamos estar no centro das atenções para servir a Deus e ser parte da sua obra, e precisamos aprender também a louvar com verdade, com o que flui do coração. Não com aquilo que nos ensinaram, ou por obrigação porque os outros estão vendo, mas aquilo que vem de dentro, do nosso íntimo.  

Que o amor de Jesus possa contagiar nosso coração. Assim como o Espírito Santo encheu o coração de Maria e ela louvou a Deus, que nosso louvor flua do agir do Espírito em nós. Que seja verdadeira, que seja para fortalecer também aqueles que estão ao nosso redor.