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Dentro e fora dos muros: Comunidade Missional

Introdução: Como somos conhecidos?

Se você saísse na rua e nas redondezas de sua comunidade e perguntasse as pessoas o que elas pensam sobre essa comunidade, o que as pessoas diriam?

Você já se perguntou o que aqueles que não frequentam a comunidade pensam sobre ela? Quais são as características de sua comunidade? Como ela é conhecida na vizinhança, no bairro e na cidade como um todo?

E como você que é membro de uma comunidade é visto?

Quando estamos por algum tempo seguindo uma rotina, ou participando de algo, acabamos nos acostumando e até mesmo nos acomodando. Afinal é mais fácil se encaixar em algo e se acomodar ali, do que trabalhar pra fazer a diferença e transformar.

Hoje vamos conhecer uma comunidade que foi muito além. Vamos conhecer a história de servos fiéis que não foram calados por ameaças de prisão e morte. Vamos conhecer discípulos que fizeram a diferença dentro e fora dos muros. 

Vamos ao texto bíblico:

“Os que tinham sido dispersos por causa da perseguição desencadeada com a morte de Estêvão chegaram até à Fenícia, Chipre e Antioquia, anunciando a mensagem apenas aos judeus. Alguns deles, todavia, cipriotas e cireneus, foram a Antioquia e começaram a falar também aos gregos, contando-lhes as boas novas a respeito do Senhor Jesus. A mão do Senhor estava com eles, e muitos creram e se converteram ao Senhor. Notícias desse fato chegaram aos ouvidos da igreja em Jerusalém, e eles enviaram Barnabé a Antioquia. Este, ali chegando e vendo a graça de Deus, ficou alegre e os animou a permanecerem fiéis ao Senhor, de todo o coração. Ele era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé; e muitas pessoas foram acrescentadas ao Senhor. Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo e, quando o encontrou, levou-o para Antioquia. Assim, durante um ano inteiro Barnabé e Saulo se reuniram com a igreja e ensinaram a muitos. Em Antioquia, os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos”. Atos 11.19-26

 

Um contexto de perseguição e dispersão:

Os cristãos estavam sendo perseguidos. Estevão, pregador ousado e cheio de coragem foi apedrejado até a morte (At 7). A perseguição começou a se intensificar e os cristãos que viviam tão unidos e juntos começaram a ser dispersos (At 8.1).

Fugiram para outras cidades, pra outras culturas, para outros povos. Alguns desses discípulos continuaram pregando o evangelho apenas aos judeus, apenas aqueles mais próximos de sua cultura, para os mais parecidos com eles.

No entanto, alguns desses discípulos foram muito além e, com muita ousadia e coragem, passaram a levar a Boa-notícia do Evangelho para aqueles que não conheciam o Deus de Israel. Eles foram além de sua cultura, foram além anunciando para povos diferentes, foram além dos muros e barreiras.

De Jerusalém aos confins da Terra

Quando Jesus envia os discípulos para pregar, ele os envia com uma estratégia geográfica que começa onde os discípulos estão e indo até os confins da Terra (At 1.8). No entanto, já tinha se passado algum tempo e eles estavam ainda naquele grupinho fechado e unido. Inicia-se, então,  a perseguição e, com isso, eles começam a ir a outras cidades, mas mesmo assim, não tinham lembrado dos confins da terra, que inclui todos os povos.

Aqueles discípulos estavam pregando apenas aos judeus, depois aos simpatizantes e convertidos ao judaísmo. Mas estava na hora de ser parte de uma missão que não tem barreiras, estava na hora de falar aos gentios.

Os discípulos cheios de ousadia: Cipriota e Cirineus

O texto diz que “Alguns deles, todavia, cipriotas e cireneus, foram a Antioquia e começaram a falar também aos gregos, contando-lhes as boas novas a respeito do Senhor Jesus”. Alguns deles entenderam que aquela mensagem era pra todo o povo e passaram a pregar na cidade de Antioquia para todos! Sem distinção de cultura, tradição religiosa ou origem!

Nesse texto, nessa ousadia desses cipriotas e cirineus vemos, mais uma vez, o personagem principal do livro em ação: o Espírito Santo, que capacitava e enchia de ousadia aqueles discípulos, para continuarem a falar.

A mão do Senhor estava com eles, e muitos creram e se converteram ao Senhor”. O Senhor estava com aqueles discípulos corajosos e ousados que anunciaram o Evangelho a um povo estranho e diferente.

Os rumores chegam na Igreja em Jerusalém

Enquanto isso, rumores chegam lá na Igreja de Jerusalém. Rumores de que gregos (gentios) estavam se convertendo e que havia uma comunidade em Antioquia. “Notícias desse fato chegaram aos ouvidos da igreja em Jerusalém, e eles enviaram Barnabé a Antioquia”.

O que a igreja de Jerusalém faz? Eles mandam um espia pra ver o que estava acontecendo lá. Afinal que comunidade era essa? Judeus e gentios se misturando? Pessoas de culturas e jeitos diferentes crendo em Jesus? Será que isso pode?

Barnabé é o escolhido para a missão de ir a Antioquia e ver o que estava acontecendo por lá.  Ao chegar e observar a comunidade, ele chega a uma conclusão: “Este, ali chegando e vendo a graça de Deus, ficou alegre e os animou a permanecerem fiéis ao Senhor, de todo o coração”.

Eles estão seguindo a Jesus verdadeiramente! Barnabé não tem reclamação, ele não encontra problemas ali, pelo contrário, ele encontra uma comunidade cheia da graça de Deus!

Antes dos apóstolos chegarem lá, o Evangelho chegou, por que o Espírito Santo encheu de ousadia pessoas que pregaram o Evangelho, sem desculpas e sem desânimo!

Barnabé era um homem fiel a Deus, um servo, um discípulo! Ele passa a cuidar daquela comunidade e pra ajuda-lo ele chama Saulo, ou Paulo, que havia sido transformado pelo próprio Cristo!

Pela primeira vez chamados Cristãos!

E ali naquela comunidade pela primeira vez os seguidores de Jesus foram chamados CRISTÃOS! Isso não era um elogio, era um termo pejorativo. Mas por que chamar de Cristãos? Porque essa era a principal característica daquela comunidade: CRISTO!

Eles não eram chamados de judeus, nem de gentios, nem de piedosos, ou radicais, nem de alienados ou amigáveis. A principal característica que eles tinham em comum era Cristo, por isso Cristãos!

Pense: Como sua comunidade é conhecida? A principal característica de uma comunidade deve ser Cristo, quem olha pra ela precisa perceber Cristo ali!

O que esse texto ensina a nós hoje?

- A perseguição tirou do comodismo os cristãos, a perseguição mostra quem de fato crê. Será que essa pandemia não está nos mostrando o mesmo?

- O Espírito capacita quem ele deseja para anunciar o Evangelho e onde ele deseja, então nunca diga que você não sabe ou não consegue!

- Precisamos voltar a Palavra de Deus e ao verdadeiro Evangelho para sermos mais parecidos com Cristo! Para sermos de fato: Cristãos!

- A marca de uma comunidade missional assim como a de Antioquia é Cristo!

Perguntas para discussão:

  1. Qual a principal característica da sua comunidade?
  2.  O que você aprendeu com a comunidade de Antioquia? 
  3.  Como você tem buscado ser um missionário?