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Marcos 15.21-29, 33-37

Nas últimas duas semanas nós estudamos temas centrais da fé cristã. Gênesis 1 a Criação. Deus criou todas as coisas e tudo está debaixo do poder dele, ele tem autoridade sobre tudo e sobre todos, esse é o foco do primeiro capítulo da Bíblia. E na semana passada, a queda. A separação do ser humano com seu criador, a quebra do relacionamento perfeito que existia, Gênesis 3.

A desobediência do ser humano ao tentar ser como Deus trouxe consigo uma consequência, isso nós precisamos compreender. Deus é justo! Deus não suporta o pecado, a maldade, pois em sua essência Deus é bondade. Sendo Deus justo ele não anula simplesmente o pecado do ser humano, mas ele mostra a consequência da desobediência. A separação entre Deus e o ser humano, a expulsão do Jardim, o sofrimento como um todo é consequência daquilo que eles escolheram fazer. Como diz o ditado “a gente colhe o que plantou”.

Entender tudo isso é essencial pra compreendermos quem somos, de onde viemos, por que existimos e por que há tanto sofrimento nesse mundo. 

Todo relato Bíblico desde Gênesis 4 até o Evangelho, anos e anos de história mostram o pecado do ser humano, e a bondade de Deus que sempre de novo quer resgatá-lo..

A história de Deus com o ser humano não terminou em Gênesis 3. Desde a expulsão do Jardim Deus já tinha um plano para chamar de volta o ser humano, pra trazer essa criatura desobediente e teimosa para perto do seu criador. Esse plano já foi realizado e é sobre ele que nós vamos falar hoje.

Convido você a abrir sua Bíblia em Marcos 15.21-29

Jesus é julgado e condenado! A acusação contra ele é blasfêmia, afinal ele disse ser O FILHO DE DEUS!  E Jesus é levado então para o lugar onde os piores criminosos eram crucificados, ao Gólgota, o lugar da caveira, lugar de morte.

Ali eles o pregaram em um madeiro, em uma cruz. Lá na cruz estava essa acusação “O REI DOS JUDEUS”. 

Mas de fato esse homem é Filho de Deus? Sim, Deus mesmo afirma isso no início do ministério de Jesus. Em Marcos 1.11 lemos “Tu és meu Filho amado, de ti me agrado”.

Talvez pra maioria dos que estão assistindo essa pregação essa história já é bem conhecida, mas a minha pergunta é: você de fato compreendeu o que estava acontecendo ali? O que significou esse acontecimento? Essa morte?

Lembra que eu falei que Deus é justo? Mas como um pai justo deixa um filho inocente ser condenado assim? Por que um pai faz isso?

Porque esse pai também é amor! E no seu infinito amor por sua criação, por suas criaturas ele permite que seu Filho Unigênito, formado da própria essência do Pai seja condenado. Por que somente alguém sem pecados poderia morrer em nosso lugar.

Entenda o seguinte: se você ou eu estivéssemos pendurados naquela cruz, se você ou eu fossemos crucificados pelos nossos pecados, nós só estaríamos arcando com as consequências do nosso próprio pecado. É como um preso que cumpre prisão pelo que fez.

Mas Jesus não, ele não tinha pecado e ao morrer ele está dizendo: eu sei que eles são maus, eu sei que eles são pecadores, mas eu os amo, eu vou no lugar deles. É como se Jesus dissesse ao juiz da sentença, me prende no lugar dele.

Ele não merecia estar lá: você sim, EU SIM. Ele não precisava pagar o preço, nós sim! Mas ele quis!

Vamos continuar a leitura do texto: MARCOS 15. 33-37

E houve trevas! Lembra que lá no início da criação a terra era coberta de trevas? Assim ela está novamente, a criação reflete o sofrimento do criador ao ver seu filho ali pendurado, chicoteado, sangrando, clamando: “Deus meu, Deus meu: por que me abandonaste?”

O Filho de Deus estava só! Jesus passou pela crucificação, e no seu imenso sofrimento ele grita o Salmo 22, Salmo que o rei Davi escreveu. Salmo de um filho que chama por seu pai, de um filho que fez a vontade do pai até o último suspiro. De um filho que sofreu sim, que ficou angustiado, mas que foi obediente até a morte, morte terrível e dolorosa, morte de cruz.

Aqueles que estavam ao redor da cruz vendo esse sofrimento e vendo as palavras do Cristo, do crucificado não compreendiam o que estava acontecendo. Eles pensam: Está chamando Elias!

Elias é um grande profeta do Antigo Testamento, mas não, Jesus não o estava chamando, eles estava orando um Salmo!

Aqueles soldados e pessoas que zombavam de Jesus achavam que a salvação estava no poder dele de se livrar da cruz, de poder sair dali. Eles estavam muito enganados. A salvação está na cruz, na morte de um inocente, no sangue derramado daquele que não tinha pecado.

E o verso 37 nos diz: “Mas Jesus, com um alto brado, expirou”.  Está consumado! Está feito! Está cumprido! O filho de Deus está morto!

Os pecados da humanidade? Pagos! A dívida que você tinha com Deus? Paga! “Por que o salário do pecado é a morte”! Ele morreu!

Vamos continuar a leitura: 38-39

Sabe por que é citado aqui que o véu do santuário rasgou de cima para baixo?

Esse véu, essa cortina era o que separava o santo dos santos, do restante do templo. No santo dos santos era onde Deus habitava. Era o lugar onde o sacerdote entrava apenas uma vez ao ano para derramar o sangue de um cordeiro, que era morto, e esse sangue derramado era pra perdão dos pecados do povo. Esse santo dos santos era espaço exclusivo, nenhum pecador poderia entrar lá, pois morreria.

Quando Jesus morre o sangue dele é definitivo para todos os pecados, esse véu que se rasga abre o santo dos santos para todo pecador arrependido que se achega a Deus. O sacrifício de Jesus nos leva de volta pra perto do nosso criador. A desobediência do ser humano nos separou do criador, mas a obediência de um único homem nos permite um relacionamento pessoal e direto com Deus.

Antes o povo tinha medo desse Deus tão poderoso e soberano, agora Jesus nos diz: venham a mim, eu chamo vocês de amigos! Vem, me fala de tudo o que se passa no seu coração, eu morri por você, eu te amo meu amigo!

Essa história é grandiosa demais e complexa, eu sei. Mas o que precisamos compreender é que Deus não desistiu da sua criação e ele não desiste de você. O plano da salvação está completo. O filho morreu para que “todo aquele que crê no que ele fez na cruz” seja também chamado de filho. Você crê na morte de Cristo? Você crê verdadeiramente que foi por você? Você confessa seus pecados a ele? Você quer deixar de ser apenas criatura e se tornar filho? Então baixe sua cabeça vamos orar……

ORAÇÃO

Lembre-se disso: A salvação é pra todo aquele que crê! Não depende daquilo que você faz, do quanto você se entende bonzinho ou não, a salvação depende do Salvador. “Arrependa-se, por que o Reino de Deus está próximo”.

Crer em Jesus é também confiar nele, é também ser obediente a sua vontade. Por isso, somos filhos, sim, se cremos somos filhos e como filhos buscamos obedecer a vontade do Pai assim como Jesus nos ensinou, assim como ele foi obediente até o fim.

Como conhecer a vontade dele? Por aqui! É com toda certeza o melhor caminho, ler, reler, meditar, pensar, refletir, buscar, e orar, orar, falar, conversar com Deus e ouvir ele.

Mas eu lhes digo: essa história ainda não terminou! A morte não foi palavra final sobre o Filho de Deus, ele ressuscitou! Mas isso é assunto para nossa próxima pregação!

Palavra de Benção…..  

Miss. Daline Moeller