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Um Futuro desperdiçado!

Números 13 e 14

Pense: seria mais fácil se nós soubéssemos como será nosso futuro? Será que iríamos dormir mais tranquilos e mais confiantes se Deus permitisse a nós um vislumbre, uma pequena visão, do nosso futuro?

Você já se perguntou a esse respeito? E se Deus nos falasse quando essa quarentena vai acabar de fato? Quando poderemos retornar os encontros familiares, as festas, e a rotina cheia de pessoas, sem mais nos preocupar com um vírus?

Será que seria melhor se soubéssemos essas informações?

Nos últimos cultos falamos sobre um passado distante, um passado que ficou para trás, mas que muitas vezes, mesmo ele não tendo sido bom, nós queremos retornar a esse passado. Falamos de um presente rejeitado, do fato de rejeitarmos o presente, a vida que Deus nos dá hoje, e do maior presente que Deus já nos deu, seu Filho Jesus.

Hoje vamos conversar sobre o futuro! Afinal, com tudo que tem acontecido nosso futuro está parecendo tão incerto, não é mesmo? Tão nebuloso, pois não sabemos quando tudo isso vai acabar!

Mas faz alguma diferença de fato saber isso? Saber o que Deus reservou e que ainda está por vir?

O futuro diante do Povo de Deus:

O povo já se aproximava de seu destino, da terra prometida. Terra boa, que tem fartura de comida, onde se vive com alegria. Essa terra Deus tinha prometido a eles. Mas nessa terra habitavam outros povos.  Povos esses, que não criam no Senhor, que eram idólatras.

Para que eles soubessem o que iam encarar pela frente, Deus pede a Moisés que envie alguns homens que façam o reconhecimento da terra, alguns espias.

Vamos acompanhar esse relato Bíblico: Leitura: Números 13.1-3 e 17-22

“E o Senhor disse a Moisés: “Envie alguns homens em missão de reconhecimento à terra de Canaã, terra que dou aos israelitas. Envie um líder de cada tribo dos seus antepassados". Assim Moisés os enviou do deserto de Parã, conforme a ordem do Senhor. Todos eles eram chefes dos israelitas”. Números 13:1-3

“Quando Moisés os enviou para observarem Canaã, disse: "Subam pelo Neguebe e prossigam até a região montanhosa. Vejam como é a terra e se o povo que vive lá é forte ou fraco, se são muitos ou poucos; se a terra em que habitam é boa ou ruim; se as cidades em que vivem são cidades sem muros ou fortificadas; se o solo é fértil ou pobre; se existe ali floresta ou não. Sejam corajosos! Tragam alguns frutos da terra". Era a época do início da colheita das uvas. Eles subiram e observaram a terra desde o deserto de Zim até Reobe, na direção de Lebo-Hamate. Subiram do Neguebe e chegaram a Hebrom, onde viviam Aimã, Sesai e Talmai, descendentes de Enaque. ( Hebrom havia sido construída sete anos antes de Zoã, no Egito. )”

Números 13:17-22

Alguns homens são escolhidos para ir adiante do povo e fazer o reconhecimento da terra. Um de cada tribo, um representante para ir e ver como é lá, para trazer notícias ao povo. Eles vão e de fato observam a terra, fazem o reconhecimento do local que Deus lhes estava dando de presente, a terra que mana leite e mel.

Interessante:

Eles tem diante deles o futuro, o presente de Deus pra eles! Esses 12 homens tem o privilégio de ver em primeira mão o local que Deus estava preparando para eles. Uma promessa de Deus feita há mais de 500 anos atrás para Abraão, está agora diante desses 12 homens. Eles podem olhar e tocar nesse futuro, nessa promessa que estava finalmente para ser cumprida!

Durante 40 dias os espias passam pelo território de Canaã fazendo o reconhecimento, observando como eram os povos, como era a terra e quais desafios eles teriam diante deles.

Chega então a hora de retornar e prestar contas, trazer o relatório. É o momento de contar a Moisés e ao povo que já estava há um bom tempo no deserto, como era a Terra que Deus tinha prometido a eles.

Vamos a esse relato então. Números 13. 27-33

“E deram o seguinte relatório a Moisés: "Entramos na terra à qual você nos enviou, onde manam leite e mel! Aqui estão alguns frutos dela. Mas o povo que lá vive é poderoso, e as cidades são fortificadas e muito grandes. Também vimos descendentes de Enaque. Os amalequitas vivem no Neguebe; os hititas, os jebuseus e os amorreus vivem na região montanhosa; os cananeus vivem perto do mar e junto ao Jordão". Então Calebe fez o povo calar-se perante Moisés e disse: "Subamos e tomemos posse da terra. É certo que venceremos! " Mas os homens que tinham ido com ele disseram: "Não podemos atacar aquele povo; é mais forte do que nós". E espalharam entre os israelitas um relatório negativo acerca daquela terra. Disseram: "A terra para a qual fomos em missão de reconhecimento devora os que nela vivem. Todos os que vimos são de grande estatura. Vimos também os gigantes, os descendentes de Enaque, diante de quem parecíamos gafanhotos, a nós e a eles".

Os 12 homens vão até a terra e trazem dela frutos, colheitas, alimentos. Mas trazem consigo, também, um relatório difícil de ouvir. Dentre os 12 enviados, 10 dizem que seria impossível. Dez desses enviados voltam dizendo que é melhor desistir, que serão mortos, e que não vão conseguir a terra por herança.

O relato é de que o povo de lá é forte demais, grande demais, as cidade são fortificadas e grandes demais. Esses 10 espias trazem péssimas notícias sobre o vislumbre do futuro. Ao verem o que vem pela frente, a maioria deles desanimam, se entregam, e dizem: não vamos conseguir, vamos morrer!

O que o povo faz ao receber essa notícia desses 10? Números 14.1-4:

“Naquela noite toda a comunidade começou a chorar em alta voz. Todos os israelitas queixaram-se contra Moisés e contra Arão, e toda a comunidade lhes disse: "Quem dera tivéssemos morrido no Egito! Ou neste deserto! Por que o Senhor está nos trazendo para esta terra? Só para nos deixar cair à espada? Nossas mulheres e nossos filhos serão tomados como despojo de guerra. Não seria melhor voltar para o Egito? " E disseram uns aos outros: "Escolheremos um chefe e voltaremos para o Egito! "

O povo rejeita o futuro que Deus lhes prometera. Querem voltar mais uma vez àquele passado de escravidão, mais uma vez rejeitam o presente que Deus lhes dera, rejeitam a Deus não confiando nele.

A reação diante do relatório é choro e lamente. Afinal, eles realmente não eram fortes o suficiente! Aquele povo de fato não poderia jamais tomar posse da terra, eles não tinham pessoas nem estrutura suficiente para isso. Era um povo que vagava no deserto, e não um exército treinado e equipado para a guerra. Eles, com suas próprias forças, jamais poderiam entrar na Terra Prometida. Isso é fato!

Mas dentre esses homens, apenas 10 relataram tamanha tristeza que viria. E os outros dois? O que eles tem a dizer?

No verso 30 que lemos antes vemos o que Calebe fala diante da murmuração e reclamação dos 10: “Então Calebe fez o povo calar-se perante Moisés e disse: "Subamos e tomemos posse da terra. É certo que venceremos! "

Como Calebe pode afirmar que no fim tudo vai dar certo, sendo que outros 10 disseram que não?

Josué também responde ao que os 10 tinham afirmado. Números 14.6-9

“Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, dentre os que haviam observado a terra, rasgaram as suas vestes e disseram a toda à comunidade dos israelitas: "A terra que percorremos em missão de reconhecimento é excelente. Se o Senhor se agradar de nós, ele nos fará entrar nessa terra, onde manam leite e mel, e a dará a nós. Somente não sejam rebeldes contra o Senhor. E não tenham medo do povo da terra, porque nós os devoraremos como se fossem pão. A proteção deles se foi, mas o Senhor está conosco. Não tenham medo deles! "

Josué e Calebe diante do futuro que Deus lhes mostrou aprendem a confiar. Eles são apenas 2 contra 10 que não confiam. Mas são esses 2 que estavam certo. Eles sabiam sim que o desafio seria grande e que não seria nada fácil, sabiam que suas forças não eram suficientes. Eles viram o mesmo povo forte e grande que os outros 10 viram. Eles não negam o que viram, mas a questão não está no que viram, e sim na conclusão diante do que viram.

A questão é: como vencer um povo forte, uma ameaça tão forte e grande que temos pela frente? Como encarar esse futuro desafiador que vem e nos dá medo? Muito simples:

apenas não sejam rebeldes, o Senhor está conosco, não tenham medo deles”.

A conclusão de Josué e Calebe: se Deus está conosco e nos manda ir, vamos. Se Deus está conosco não há o que temer, pois nossas vidas estão nas mãos Dele.

Os 12 homens estavam nas mesmas circunstâncias, os 12 homens viram as mesmas dificuldades, os 12 percorreram os mesmos locais, mas apenas 2 compreenderam que o futuro não dependia da força e do poder deles, mas sim da força e do poder de Deus.

Como nós encaramos nosso futuro?

Deus deu àqueles 12 homens uma amostra do que viria pela frente em suas jornadas, no entanto, 10 deles com essa amostra deram para trás, voltaram a reclamar e murmurar ao invés de confiar. Josué e Calebe, no entanto, foram exceção, pois diante dos desafios que viriam souberam que o seu Deus era maior do que os desafios, maior do que os medos.

Será que precisamos saber o que vem pela frente? Será que precisamos saber o futuro que nos está reservado? Ou precisamos aprender que o nosso futuro está nas mãos de Deus?

Confiar, entregar e deixar de ser rebelde! Confiar, entregar e deixar de achar que é com nossa força e olhando apenas pro nosso umbigo que seguimos adiante! O nosso Deus é soberano, e, isso significa, que Ele comanda toda a história, nada sai do seu controle!

O futuro nunca esteve em nossos mãos!

O povo de Israel eram milhares e milhares de pessoas. E aqueles milhares e milhares falharam na caminhada, pois não compreenderam o que é confiar em Deus. Por não confiarem, e não entregarem suas vidas diante de Deus, aquela geração toda morreu no deserto, morreu antes de entrar na terra prometida. De toda aquela geração, apenas esses dois, Josué e Calebe, experimentaram e viveram na Terra Prometida.

Confiar é muito mais que acreditar! Confiar significa se entregar, dar ao outro, significa assumir que você não consegue, mas Deus sim. 

A pandemia está difícil? Está sim! Mas diante disso tudo, nós estamos reclamando e querendo voltar ao passado “ao normal de antes” ou estamos vivendo o nosso presente, que é o contexto da pandemia, sendo servos de Deus nesse momento conforme ele tem nos chamado para ser, e confiando nosso futuro nas mãos dele?

Olhe para o passado e agradeça o que Deus fez por ti! Viva o presente servindo a Deus, sendo igreja viva dentro de suas casas, sendo igreja viva para seus vizinhos, sendo igreja viva para o necessitado! E deixe o futuro nas mãos de Deus, pois ele é soberano sobre tudo e sobre todos!