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Nos últimos dois cultos viemos trabalhando a temática “Em meio aos dilemas”. Conversamos e refletimos sobre alguns dilemas da vida que nos angustiam, que nos causam medo e que precisamos aprender a lidar.

Hoje vamos continuar essa temática, e refletir sobre um dilema que todos buscam, que todos almejam. Um dilema que os filósofos buscam responder e encontrar a solução há séculos e séculos:

                                                A Felicidade! Afinal como alcança-la?

Quantas receitas para ser feliz você já ouviu por ai? Quantas formas, ou fórmulas, para a felicidade você já compartilhou em suas redes sociais?

Pensando nessas receitas, enquanto eu preparava a Palavra ao longo da semana, uma frase me acompanhou, permanecendo em minha cabeça: “A felicidade está nas coisas simples”

Essa frase tem se tornado corriqueira. Já vi ela algumas vezes, inclusive em decorações de casamento. Mas, por que essa frase? Bom, me parece que as pessoas tem buscado descomplicar esse termo, esse estado tão difícil de alcançar, que é a felicidade.

Para que descomplicar? Será que é tão difícil assim? Vejo essa frase como uma resposta ao conceito de felicidade que muitos possuem, no qual a felicidade está atrelada ao sucesso. Para ser feliz você precisa alcançar o sucesso, precisa ter sua casa, seu carro, uma linda família ou um passaporte cheio de viagens, um ótimo emprego e daí por diante.

E com isso a felicidade só será alcançada no futuro: quando eu possuir tal coisa serei feliz; quando eu terminar a minha casa serei feliz; quando eu me casar serei feliz. Assim, dia após dia a felicidade é adiada para primeiro alcançar o sucesso e as realizações e, então, ela chegará.

Quando dizemos: “A felicidade está nas coisas simples!” estamos dizendo que não é necessário tudo isso para ser feliz, pelo contrário, a felicidade precisa ser vivida hoje. Enquanto continuarmos a buscar a felicidade com realizações e conquistas, nossa vida passa, o tempo voa e continuaremos escravos do sucesso, pois ele de fato nunca chegará trazendo felicidade. Por quê? Porque felicidade não é ter mais ou ser mais e mais.

Como resolver esse grande problema da humanidade então? Como ser feliz?

Sobre esse assunto para mim um grande exemplo Bíblico é Paulo. O apóstolo Paulo passou por muitos momentos difíceis, foi perseguido, preso, apedrejado, sofreu naufrágios e tudo isso apenas por pregar que Jesus Cristo é o Salvador.

Quando lemos os relatos de Paulo e vemos tanto sofrimento, tantos problemas que esse homem enfrentou, podemos pensar: ele não era feliz. Afinal, como ser feliz desse jeito?

Por isso eu te convido a ler Filipenses 4.12-13

 “Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece”. 

Aprender a estar contente em toda e qualquer situação. Isso não significa viver sorrindo, ou até mesmo ser um hipócrita fingindo estar contente, não é essa a questão. Paulo aprendeu um segredo maior para a felicidade, segredo esse que os Salmistas repetem várias vezes nos salmos: Confiar em Deus! Confiança!

Salmos 34:8 – “Provem e vejam como o Senhor é bom. Como é feliz o homem que nele se refugia”!

Salmo 128.1 “Como é feliz quem teme o Senhor”.

Salmo 146.5 “Como é feliz aquele cujo auxílio é o Deus de Jacó”!

Paulo sabia que sua felicidade não dependia daquilo que ele fazia para ser feliz, sua felicidade nem mesmo dependia do que os outros faziam ou diziam à respeito dele. Paulo não esperou ser reconhecido como um grande apóstolo para, então, encontrar a felicidade. Nem mesmo alcançar suas metas pessoais para, então, poder dizer: “sou feliz”.

Paulo diz: “eu aprendi a estar contente em toda e qualquer situação”.

Compartilho com você um trecho de um livro que me fez abrir os olhos para essas temáticas de felicidades e realizações:

“Um trecho da entrevista que a Vogue fez com a Madonna há algum tempo, em que a cantora fala de sua carreira, exemplifica perfeitamente o que estou dizendo:

“O que me impulsiona na vida é o medo de ser medíocre. Esse medo é o que sempre me impele. Venço um dos seus ataques e descubro-me como um ser humano especial, mas logo continuo me sentindo medíocre e desinteressante, a menos que faça outra coisa espetacular. Apesar de ter me tornado alguém, ainda tenho de provar que sou alguém. Minha luta não terminou, e acho que nunca terminará” (KELLER, T. Ego Transformado, p.23-24).

Madonna, uma cantora extremamente reconhecida e famosa, alguém que podemos afirmar que alcançou o sucesso, mas que mesmo assim vive com o medo, o medo de ser medíocre, de não ser o bastante. Sua felicidade está firmada em suas realizações e no reconhecimento que as pessoas dão a suas realizações.

No livro o autor deixa muito claro que seu desejo não é de destruir a imagem da cantora, pelo contrário, as palavras de Madonna mostram, na verdade, que ela conhece muito bem a si mesma. Muitos de nós vivemos assim, querendo ser algo para então obter essa felicidade. E quando, por vezes, o objetivo é alcançado, essa felicidade verdadeira e duradoura não chega. Com isso,  precisamos fazer mais e sempre mais e mais, para um dia, quem sabe, alcançar a felicidade.

Viver assim é viver preso a um dilema que vai te tirar a vida, que vai te ocupar todo o tempo e no fim só vai gerar dor.

Nossa felicidade não depende do que nós fazemos ou pensamos sobre nós mesmos, nem do que os outros fazem ou pensam de nós. Vamos aprender com Paulo!

Estar contente e ser de fato feliz é saber que em toda e qualquer circunstância eu sou amado por Jesus. Que toda e qualquer circunstância está nas mãos do meu Salvador! 

Quando eu era pequena ouvia com frequência na rádio uma música que tinha como refrão a seguinte afirmação:

“Felicidade não existe, o que existe na vida são momentos felizes!”

Momentos felizes! Será que é só isso mesmo? Talvez olhando para tua vida você tenha chegado a essa conclusão.

Mas não é o que a Bíblia nos ensina, você pode sim ser feliz, mesmo que tenha momentos de tristeza. A felicidade do cristão não é firmada naquilo que ele mesmo faz, mas naquilo que Jesus já fez por Ele na cruz. O amor que veio até nós nos garante essa felicidade eterna de saber que sempre somos cuidados, que sempre somos amados, que sempre somos consolados por um Deus que está conosco sempre.

Um pesquisa de Harward, a melhor universidade do mundo (como dizem) busca responder as perguntas sobre a felicidade já a 8 décadas. Por cerca de 80 anos eles vem estudando e buscando dados para responder a esse grande dilema da humanidade.

Uma das conclusões que eles chegaram eu achei incrível. Vamos ler um trecho da reportagem da BBC News que entrevistou o pesquisador responsável:

"Há muitas conclusões deste estudo", disse Waldinger à BBC. "Mas o fundamental, que ouvimos uma vez ou outra, é que o importante para nos mantermos felizes e saudáveis ao longo da vida, é a qualidade dos nossos relacionamentos". "O que descobrimos é que, no caso das pessoas mais satisfeitas em seus relacionamentos, mais conectadas ao outro, seu corpo e cérebro permanecem saudáveis ​​por mais tempo", afirma o acadêmico americano”.

Relacionamentos saudáveis são essenciais para a felicidade! Relacionamentos verdadeiros de profunda entrega e conhecimento um do outro, relacionamentos que trazem significado a vida.

O primeiro relacionamento verdadeiro que nos leva a felicidade é o relacionamento com o nosso criador. A proximidade e a entrega verdadeira a ele nos tira um peso das costas. Nos tira o peso do pecado, nos liberta da condenação, nos dá perdão, nos transforma em nossa raiva e amargura. Como um relacionamento assim não nos levaria a felicidade?

E depois os nosso relacionamentos familiares, com nosso cônjuge, com os filhos e com os pais. Nossos relacionamentos de amizade, nossos relacionamentos no trabalho.

Ter relacionamentos verdadeiros, de cuidado e de amor, relacionamentos que nos trazem sentido a cada dia é essencial para nos mantermos emocionalmente saudáveis. Paulo em suas cartas cita com grande frequência seu relacionamento íntimo e pessoal com Jesus, ele conta sobre as transformações que Jesus fez em sua vida, conta do amor que tem por aquele que o resgatou.

Paulo cita com muita frequência, também, pessoas que estiveram ao seu lado. Amigos que o ajudaram nos momento difíceis. Igrejas que oraram por ele, que o ajudaram financeiramente. Irmãos de fé que o ensinaram e o acompanharam em suas missões. Paulo não era um apóstolo solitário. Ele não foi casado, mas sempre esteve cercado de bons relacionamentos.

Cuidar dos seus relacionamentos é uma forma de resolver esse dilema da felicidade. Mas o principal relacionamento é com aquele que te formou do pó da terra, que te criou e deu a vida por você. Como está o teu relacionamento com ele?

O texto de Filipenses termina com uma das afirmações mais usadas da Bíblia: “Tudo posso naquele que me fortalece”.

Tudo posso: posso sorrir, posso chorar, posso brincar e amar, posso ser injustiçado e sofrer, posso passar por momentos bons e maus, mas em tudo isso Jesus me fortalece. Está aí o segredo de Paulo. Seu principal relacionamento é com Jesus e sua alegria não depende de suas realizações, nem mesmo do que os outros falam a respeito dele, sua felicidade vem da Salvação em Jesus.

Como Paulo aprendeu isso? No discipulado e nas dificuldades. Esse discípulo aprendeu a estar contentes em todas as circunstâncias, pois como aprendemos no livro de Salmos: Feliz aquele que confia no Senhor.

“Se trabalhamos e lutamos é porque temos depositado a nossa esperança no Deus vivo, o Salvador de todos os homens, especialmente dos que creem”.1 Timóteo 4:10

A luta de Paulo e seu trabalho era com alegria, pois sua confiança estava em Deus. Nessa confiança ele viveu seus dias, regados de muitas histórias e grandes aventuras.

Quero deixar a vocês três aspectos essenciais nessa temática da felicidade:

- Seja feliz hoje! Não deixe para amanhã, não espere suas metas serem alcançadas, a felicidade é hoje!

- Compartilhe sua felicidade em seus relacionamentos! Cultive relacionamentos saudáveis.

- Aprenda a ser feliz na presença de Deus e não a partir de momentos passageiros.